Na reta final para indicação dos candidatos às eleições municipais o PT perde aliados e
encolhe no mapa político.
O partido teve candidatos em 19 capitais em 2008 e terá, no máximo, 17 este ano. Enquanto isso, o
PSB, antes forte aliado, teve sete candidatos em 2008 e terá 14 em 2012. Com isso ele se torna o
partido da base aliada com mais candidatos disputando as eleições contra o PT.
O motivo, segundo petistas, seria uma
tentativa de ganhar força
política para indicar o
vice da Dilma nas eleições
de 2014, ou, pelo menos, desbancar o PMDB na base aliada. O cenário escolhido para essa batalha de
força foi o Nordeste.
PT e PSB se enfrentarão
em oito das noves capitais nordestinas.
Em Belo Horizonte o cenário se complicou um pouco na
candidatura do atual prefeito Márcio
Lacerda(PSB). Em Minas Gerais existe uma tríplice aliança entre PT, PSB e PSDB - o principal
adversário
do PT. O acordo entre os partidos previa uma chapa proporcional na eleição para vereador. Durante a reunião dos militantes do PT foi lida uma
carta do PSB afirmando que este iria lançar
uma chapa única
para candidatura de vereadores. Em vista desse rompimento do acordo, os
petistas decidiram lançar
Roberto Carvalho como candidato a prefeito de BH.
Roberto Carvalho, candidato a prefeito de BH pelo PT |
Em outras cidades também há fragmentação no PT, como em Recife, onde o
partido está
fragmentado em três
frentes. Em São
Paulo, após
o apoio de Lula ao candidato Fernando Haddad, vários partidários adotaram uma postura crítica ao partido, incluindo a
ex-prefeita Marta Suplicy. Aparentemente não
será uma eleição fácil para o partido.
Governadores dos estados por partido |
O PT está agora há 10 anos no governo presidencial, mas
mesmo assim não
detém grande número de governos estaduais - apenas 5
estados estão
sob seu governo, enquanto o PSB detém
6 e o PSDB 8. A sua força
está nas alianças e essas rupturas, tanto internas
quanto externas, enfraquecem o partido. Percebe-se uma clara troca nessas eleições, enquanto rompe com o PSB em
alguns estados alia-se à
Maluf em outro. Se isso será
mais vantajoso só
a eleição
irá dizer, mas muitas
dessas novas tendências
políticas têm desapontando eleitores e partidários.
Essas rupturas não
é um simples
rearranjo político
tão comum nos anos
eleitorais. É
mais do que isso. Mostra uma mudança
na ideologia dominante no partido como também uma perda de muitas delas. O
partido está
em uma luta cega por poder, tentando ganhar do PSDB de qualquer maneira e
perdendo muitos valores nesse processo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário