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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Educação: porque país rico é país educado


Se o objetivo de uma nação é o desenvolvimento é essencial que se invista na área de educação. Uma melhor formação irá gerar trabalhadores mais capacitados, pessoas mais conscientes do seu papel na sociedade, irá melhorar a qualidade de vida da população em geral. Tudo isso é óbvio e deveria ser do interesse de todos os políticos trabalhar para isso ser realizado, afinal eles são nossos representantes e os interesses deles devem refletir os nossos.

Durante algum tempo já movimentos estudantis por todo o Brasil têm reivindicado o investimento de 10% do PIB na área. Ontem, 26 de junho, uma comissão especial da Câmara aprovou a aplicação do 10%. Agora esse projeto deve ser analisado pelo Senado. Da maneira que foi aprovado o projeto funcionaria elevando o investimento até 7% nos próximos cinco anos e devendo chegar a 10% até os próximos dez anos.

Isso representa praticamente dobrar o que é investido atualmente e ninguém pode questionar a extrema necessidade de se fazer isso. Há vários exemplos de escolas sem condições de atender os alunos, sem material adequado ou com dificuldades de acesso dos estudantes às escolas. É preciso que a pressão popular continue sobre o governo para vermos concretizado esse investimento, porque em dez anos muitas coisas são esquecidas e ainda falta a aprovação do senado e sanção do presidente. O MEC já manifestou a dificuldade de obter os recursos necessários e o peso que isso pode custar aos outros ministérios.

Outra aprovação de destaque foi a equiparação do salário do professor a outros profissionais com a mesma formação acadêmica. Hoje o professor em alguns casos chega a receber menos do que cargos que requerem apenas Ensino Médio como formação. No ano passado os professores do estado de Minas Gerais ficaram em greve durante meses reivindicando que seus benefícios, adquiridos devido ao tempo de serviço prestado, não fossem cortados. O resultado dessa greve foi infrutífero. Ver o descaso desse governo a um profissional de tamanha importância social é revoltante. Quando professores fazem greve a opinião pública é incitada, pela mídia corrupta, a considerá-los vilões por deixarem os alunos sem aulas e atrapalhem o trânsito com suas manifestações.

Há mais de um mês professores de várias universidades federais estão em greve exigindo a revisão do plano de carreira, dentre outras exigências, e as mídias tradicionais não mencionam nada sobre o fato. Quando o fazem, como a emissora esférica ontem, é sempre a matéria mais curta do noticiário e termina sempre dizendo como essa greve irá atrasar a formatura dos alunos. E como a falta de incentivo ao professor para exercer plenamente suas funções irá afetar qualidade da formação desses alunos? Nos últimos anos programas facilitando o ingresso às universidade têm deixado salas superlotadas e, como esse incentivo não veio junto com contratação de mais professores, os docentes ficaram sobrecarregados.

Um ponto fundamental é que nem todo investimento do mundo, nem os professores mais capacitados farão diferença se a nossa sociedade como um todo não entender que conhecimento é bom e deve ser valorizado. A formação das crianças deve ser um trabalho conjunto entre escola e família. Pais precisam educar seus filhos que estudar é bom e importante e não ver a escola como um lugar para se livrarem de seus filhos por cinco horas. Seres humanos aprendem por exemplo e não com ordens. Se você manda seu filho estudar e ler, mas passa o dia assistindo TV e nunca ler nada eles não vão entender a importância do estudo.  

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