Se o objetivo de uma nação é o desenvolvimento é essencial que se invista na área de educação. Uma melhor formação irá gerar trabalhadores mais
capacitados, pessoas mais conscientes do seu papel na sociedade, irá melhorar a qualidade de vida da
população
em geral. Tudo isso é
óbvio e deveria ser
do interesse de todos os políticos
trabalhar para isso ser realizado, afinal eles são nossos representantes e os
interesses deles devem refletir os nossos.
Durante algum tempo já movimentos estudantis por todo o
Brasil têm
reivindicado o investimento de 10% do PIB na área. Ontem, 26 de junho, uma comissão especial da Câmara aprovou a aplicação do 10%. Agora esse projeto deve ser
analisado pelo Senado. Da maneira que foi aprovado o projeto funcionaria
elevando o investimento até
7% nos próximos
cinco anos e devendo chegar a 10% até
os próximos
dez anos.
Isso representa praticamente dobrar o
que é investido
atualmente e ninguém
pode questionar a extrema necessidade de se fazer isso. Há vários exemplos de escolas sem condições de atender os alunos, sem material
adequado ou com dificuldades de acesso dos estudantes às escolas. É preciso que a pressão popular continue sobre o governo
para vermos concretizado esse investimento, porque em dez anos muitas coisas são esquecidas e ainda falta a aprovação do senado e sanção do presidente. O MEC já manifestou a dificuldade de obter os
recursos necessários
e o peso que isso pode custar aos outros ministérios.
Outra aprovação de destaque foi a equiparação do salário do professor a outros
profissionais com a mesma formação
acadêmica. Hoje o
professor em alguns casos chega a receber menos do que cargos que requerem
apenas Ensino Médio
como formação.
No ano passado os professores do estado de Minas Gerais ficaram em greve
durante meses reivindicando que seus benefícios,
adquiridos devido ao tempo de serviço
prestado, não
fossem cortados. O resultado dessa greve foi infrutífero. Ver o descaso desse governo a
um profissional de tamanha importância
social é
revoltante. Quando professores fazem greve a opinião pública é incitada, pela mídia corrupta, a considerá-los vilões por deixarem os alunos sem aulas e
atrapalhem o trânsito
com suas manifestações.
Há mais de um mês professores de várias universidades federais estão em greve exigindo a revisão do plano de carreira, dentre outras
exigências, e as mídias tradicionais não mencionam nada sobre o fato. Quando
o fazem, como a emissora esférica
ontem, é
sempre a matéria
mais curta do noticiário
e termina sempre dizendo como essa greve irá atrasar a formatura dos alunos. E
como a falta de incentivo ao professor para exercer plenamente suas funções irá afetar qualidade da formação desses alunos? Nos últimos anos programas facilitando o
ingresso às
universidade têm
deixado salas superlotadas e, como esse incentivo não veio junto com contratação de mais professores, os docentes
ficaram sobrecarregados.
Um ponto fundamental é que nem todo investimento do mundo,
nem os professores mais capacitados farão
diferença
se a nossa sociedade como um todo não
entender que conhecimento é
bom e deve ser valorizado. A formação
das crianças
deve ser um trabalho conjunto entre escola e família. Pais precisam educar seus filhos
que estudar é
bom e importante e não
ver a escola como um lugar para se livrarem de seus filhos por cinco horas.
Seres humanos aprendem por exemplo e não
com ordens. Se você
manda seu filho estudar e ler, mas passa o dia assistindo TV e nunca ler nada
eles não
vão entender a importância do estudo.
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