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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Eleição: a perda de força do PT


Na reta final para indicação dos candidatos às eleições municipais o PT perde aliados e encolhe no mapa político. O partido teve candidatos em 19 capitais em 2008 e terá, no máximo, 17 este ano. Enquanto isso, o PSB, antes forte aliado, teve sete candidatos em 2008 e terá 14 em 2012. Com isso ele se torna o partido da base aliada com mais candidatos disputando as eleições contra o PT.

O motivo, segundo petistas, seria uma tentativa de ganhar força política para indicar o vice da Dilma nas eleições de 2014, ou, pelo menos, desbancar o PMDB na base aliada. O cenário escolhido para essa batalha de força foi o Nordeste. PT e PSB se enfrentarão em oito das noves capitais nordestinas.

Em Belo Horizonte o cenário se complicou um pouco na candidatura do atual prefeito Márcio Lacerda(PSB). Em Minas Gerais existe uma tríplice aliança entre PT, PSB e PSDB - o principal adversário do PT. O acordo entre os partidos previa uma chapa proporcional na eleição para vereador. Durante a reunião dos militantes do PT foi lida uma carta do PSB afirmando que este iria lançar uma chapa única para candidatura de vereadores. Em vista desse rompimento do acordo, os petistas decidiram lançar Roberto Carvalho como candidato a prefeito de BH.


Roberto Carvalho, candidato a prefeito de BH pelo PT


Em outras cidades também há fragmentação no PT, como em Recife, onde o partido está fragmentado em três frentes. Em São Paulo, após o apoio de Lula ao candidato Fernando Haddad, vários partidários adotaram uma postura crítica ao partido, incluindo a ex-prefeita Marta Suplicy. Aparentemente não será uma eleição fácil para o partido.



Governadores dos estados por partido
O PT está agora há 10 anos no governo presidencial, mas mesmo assim não detém grande número de governos estaduais - apenas 5 estados estão sob seu governo, enquanto o PSB detém 6 e o PSDB 8. A sua força está nas alianças e essas rupturas, tanto internas quanto externas, enfraquecem o partido. Percebe-se uma clara troca nessas eleições, enquanto rompe com o PSB em alguns estados alia-se à Maluf em outro. Se isso será mais vantajoso só a eleição irá dizer, mas muitas dessas novas tendências políticas têm desapontando eleitores e partidários.  Essas rupturas não é um simples rearranjo político tão comum nos anos eleitorais. É mais do que isso. Mostra uma mudança na ideologia dominante no partido como também uma perda de muitas delas. O partido está em uma luta cega por poder, tentando ganhar do PSDB de qualquer maneira e perdendo muitos valores nesse processo. 


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